Paraná já sofreu mais de dez tremores de terra em 2019

 

O Paraná chegou a marca de 11 tremores nesta quinta-feira (11). Isso porque Rio Branco do Sul e Itaperuçu sofreram com sismos nesta madrugada. O primeiro município fica na Região Metropolitana de Curitiba, enquanto o segundo está a 43 km da capital paranaense.

Ambos tiveram horário parecido: o primeiro sismo, de Itaperuçu, foi às 3h14 da manhã, enquanto o outro foi registrado às 3h22.

De acordo com o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), a magnitude do tremor em Rio Branco do Sul foi de 1,8 na escala Ritcher. Não foi a primeira vez que a cidade sofreu com isso. Pelo contrário, o município com mais de 30 mil habitantes já sofreu quatro tremores desde abril e ultrapassou Bela Vista do Paraíso.

Já em Itaperuçu, o sismógrafo chegou a marca de 1,7. Além do tremor, a cidade também já sofreu com um tornado no final de 2018.

 

Ainda não existe um ranking dos estados por ocorrências de tremores. No entanto, segundo o Centro de Sismologia, é possível afirmar que o Paraná não é o primeiro da lista. Para se ter noção, a cidade de Quixeramobim, no Ceará, teve mais de 1000 tremores em menos de um mês neste ano. Ou seja, um único município já supera os tremores paranaenses.

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FREQUÊNCIA

Segundo analista Jackson Calhau, do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), esses sismos são comuns no país. “Tremores de magnitudes de 1 e 2 acontecem praticamente toda semana no Brasil. Geralmente são imperceptíveis, mas, às vezes, as pessoas acabam sentindo”.

Segundo ele, é praticamente impossível prever um tremor. Além disso, ele também fala que não é possível estabelecer qualquer relação de tremores menores, como esses registrados no Paraná, com futuros sismos. Para completar, o sismólogo ainda revela que o Brasil é suscetível a grandes temores.

“O maior tremor do país foi em 1955, com magnitude de 6,2, no Mato Grosso. Um tremor desse libera energia aproximada de uma bomba atômica. E isso para qualquer cidade, causaria um grande estrago”, completa o analista.

O segundo maior terremoto do Brasil aconteceu um mês depois desse no Centro-Oeste, só que no Espírito Santo. Naquela ocasião, o tremor chegou a 6,1 na escala Ritcher.

ESTUDO NO BRASIL

No Brasil, quatro órgãos são responsáveis pela monitora os tremores. O Centro de Sismologia da USP fiscaliza os sismos nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste. Já a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) verifica toda a extensão do Nordeste. O Observatório Nacional cuida do litoral brasileiro, enquanto a Universidade Nacional de Brasília (UNB) responde por um trecho do Centro-Oeste e pelo Norte.

“Temos dificuldade para trabalhar com sismologia no país. Apesar de ser menor que em outros países, ela não pode ser menosprezada”, finalizou Calhau.

Confira a lista de todos os tremores no Paraná em 2019:

1 – em Bela Vista do Paraíso, no dia 2 de fevereiro. A magnitude foi de 1,7 na escala Ritcher.

2 – em Tamarana, no dia 15 de fevereiro. A magnitude foi de 2,4 na escala Ritcher.

3 – de novo em Bela Vista do Paraíso, no dia 17 de fevereiro. A magnitude foi de 1,7 na escala Ritcher.

4 – em Londrina, no dia 19 de fevereiro. A magnitude foi de 0,6 na escala Ritcher.

5 – em Londrina, no dia 16 de abril. A magnitude foi de 1,6 na escala Ritcher.

6 – em Bela Vista do Paraíso, no dia 23 de abril. A magnitude foi de 2,2 na escala Ritcher.

7 – em Rio Branco do Sul, no dia 23 de abril. A magnitude foi de 2,5 na escala Ritcher.

8 – em Rio Branco do Sul, no dia 8 de maio. A magnitude foi de 2,2 na escala Ritcher.

9 – em Rio Branco do Sul, no dia 14 de maio. A magnitude foi de 2,3 na escala Ritcher.

10 – em Itaperuçu, no dia 11 de julho. A magnitude foi de 1,7 na escala Ritcher.

11 – em Rio Branco do Sul, no dia 11 de julho. A magnitude foi de 1,8 na escala Ritcher.

Texto Retirado de Paraná Portal


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