Manejo Integrado de Pragas garante mais renda ao produtor

Os produtores rurais do Paraná que adotaram a tecnologia do Manejo Integrado de Pragas (MIP) reduziram em 50% as aplicações de inseticidas nas últimas seis safras. Além de contribuir com a preservação do meio ambiente e racionalizar o uso de agrotóxicos na cultura da soja, a técnica reduz o custo da produção e a intoxicação de agricultores, que são qualificados para a aplicação.

Enquanto muitos produtores adotaram, em média, quatro aplicações de inseticidas por ano, os integrantes do programa MIP fizeram apenas duas desde a safra 2013/2014. Com isso, foi possível postergar o tempo da primeira aplicação de 38 para 68 dias, em média, após o nascimento da planta. A ampliação desse período é importante, pois possibilita a preservação de alguns inimigos naturais das pragas.

A tecnologia de manejo integrado, desenvolvida pelo Iapar, Embrapa e outros centros tecnológicos do país, é antiga, mas foi a partir da safra 2013/2014 que a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento lançou a campanha Plante Seu Futuro. Com ela, aliou-se o conhecimento da pesquisa com a metodologia extensionista, usando-se em média 200 propriedades de referência por ano para reduzir o uso do agrotóxico e garantir mais segurança ao produtor.

Cada uma das unidades de referência é visitada pelos extensionistas durante todo o ciclo da cultura para monitoramento das populações de pragas e inimigos naturais. O trabalho de contagem é feito a partir da coleta em um tecido colocado sob as plantas. O MIP permite que o agricultor e o técnico identifiquem o número de insetos por amostra, avaliem o nível de desfolha causado por eles e tenham parâmetros sólidos para decidir a melhor hora de aplicar o inseticida.

PROPRIEDADES ACOMPANHADAS – Durante as safras 2013/2014 a 2018/2019 foram acompanhadas 853 propriedades, em 126 municípios paranaenses, que adotaram o Manejo Integrado de Pragas em soja. “As aplicações de inseticida nas áreas MIP, em volume 50% menor e 30 dias após o usual no Paraná, garantem o uso racional e tecnicamente criterioso do agrotóxico, tornando-se uma boa prática possível de ser multiplicada para todos os produtores como estratégia de aumento na renda”, afirmou o diretor-técnico da Secretaria da Agricultura, Rubens Niederheitmann.


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