Paranaguá entra em estado de epidemia de dengue

 

O município de Paranaguá, no Litoral do Paraná, entrou para situação de epidemia de dengue a partir desta semana, com 533 casos confirmados. Destes, 521 autóctones (contraídos na próxima cidade), uma incidência de 339,05 casos por 100 mil habitantes.

A coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), Ivana Belmonte, alerta para a gravidade da situação.

“Assim que identificamos aumento de casos, reforçamos as ações junto à 1ª Regional de Saúde de Paranaguá e a capacitação está entre as principais medidas neste momento”, frisou a coordenadora.

“Paranaguá teve histórico de mais de 15 mil casos autóctones durante a epidemia entre os anos de 2015/2016. Por isso, nosso alerta é constante e estamos à disposição dos municípios para este apoio e fortalecimento das ações de controle”, ressaltou.

DENGUE NO LITORAL
Paranaguá lidera o número de casos no Litoral, com 533 registros. Em segundo lugar, aparece a cidade de Matinhos, que contabiliza 25 casos. Na sequência, Pontal do Paraná, com 24 e Guaratuba, com 17 casos. Antonina e Morretes têm um registro, cada uma.

Guaraqueçaba é a única cidade da região sem incidência da dengue.

O boletim da dengue divulgado hoje (05) pela Sesa destaca 157.418 casos confirmados no Paraná, com 122 óbitos provocados pela doença.

A epidemia atinge 223 cidades, que representam mais de 55,8% dos municípios paranaenses. São municípios que apresentam, proporcionalmente, incidência maior que 300 casos autóctones por 100 mil habitantes.

Além de Paranaguá, mais seis municípios atingiram o patamar de epidemia nesta semana: Santa Lúcia, Santa Tereza do Oeste, Campina da Lagoa, Kaloré, Sertanópolis e Leópolis.

Em situação de alerta são 24 municípios. Foz do Jordão, Ibaiti, Ibema e Entre Rios do Oeste passaram para o estágio nesta semana epidemiológica.

A situação de alerta indica que as cidades apresentam, proporcionalmente, a incidência de mais de 100 casos autóctones confirmados por 100 mil habitantes.

Segundo o boletim, 70 municípios registram casos de dengue grave.

CAPACITAÇÃO
A Sesa promoveu em Paranaguá, na última quinta-feira (30/04), treinamento para profissionais da saúde sobre classificação de risco e manejo da dengue.

“A identificação precoce dos casos é fundamental para a tomada de decisões e implantação de medidas oportunas, visando principalmente evitar a ocorrência de óbitos”, disse o médico Enéas Cordeiro Filho, da Vigilância Ambiental da Sesa, responsável pela capacitação.

A população não pode descuidar da dengue, diz Beto Preto.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, enfatiza a necessidade de a população, mesmo em período de enfrentamento da Covid-19, não descuidar da dengue.

O monitoramento deste período epidemiológico da dengue começou em julho de 2019 e segue até julho deste ano.

Da semana anterior para esta, o total de casos confirmados aumentou em 10,78%, com 15.320 registros a mais.

“Os dados são preocupantes e o governo do estado mantém o alerta e a vigilância, apoiando as ações de combate e controle da dengue em todas as regiões e municípios. Mas temos que contar com o apoio da população, não esquecer do cuidado, mesmo neste período que enfrentamos o coronavírus”, afirma Beto Preto.

Onze mortes por dengue foram registradas na semana
Na atualização semanal, o boletim confirma 11 óbitos por dengue que estavam em investigação.

Três óbitos são de pessoas que residiam no município de Londrina: uma mulher de 93 anos, portadora de diabetes; uma mulher de 55 anos, sem comorbidade associada, e uma jovem de 24 anos, também sem comorbidade.

Dois óbitos são de moradores do município de Medianeira: uma mulher de 91 anos, sem comorbidade, e um homem de 89 anos, portador de diabetes e hipertensão arterial.

Também foi confirmado um óbito em Foz do Iguaçu: mulher de 57 anos, com sequelas de acidente vascular cerebral. E um óbito em Cianorte: homem de 74 anos, com várias doenças associadas.

Maringá registrou um óbito de um homem de 29 anos, sem quadro de doenças associadas. Alvorada do Sul também teve um óbito, de homem de 72 anos, com hipertensão.

Outro caso ocorreu em Florestópolis: homem de 76 anos, também portador de hipertensão. E, por fim, Quatro Pontes registrou o óbito de uma mulher de 85 anos, com diabetes.

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Texto Retirado Agora Litoral


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