Covid-19: casos aumentaram 166% em um mês no Paraná

Nos últimos trinta dias o avanço da Covid-19 no Paraná aumentou de forma significativa em todas as regionais de Saúde. Em todo o estado, o aumento de casos confirmados foi de 166%, passando de 32.411, no dia 06 de julho, para 86.303. Crescimento que teve reflexo também no número de vítimas fatais da doença, com aumento de 72% no mesmo período, passando de 806 para 2.200 mortes.

Segundo um levantamento feito pela CBN Curitiba, com base no boletim epidemiológico divulgado diariamente pela Secretaria de Estado da Saúde, a Regional de Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, foi a que apresentou crescimento mais expressivo no avanço da doença com aumento de 512% nos casos confirmados, passando de 238 para 1.457, em apenas 30 dias. Além disso, o número de mortes por complicações da doença também foi alarmante, passando de 6 para 34, número quase seis vezes maior.

De acordo com os dados, em 14 das 22 regionais de Saúde, o número de casos mais que dobrou entre 06 de julho e 06 de agosto. Além da Regional de Telêmaco Borba, também aparecem na lista as regionais de Apucarana (356%), Francisco Beltrão (350%), Paranaguá (241%), Metropolitana (207%), Irati (204%), Foz do Iguaçu (200%), Maringá (192%), Ivaiporã (190%), Londrina (169%), Campo Mourão (166%), Umuarama (155%), União da Vitória (152%), Jacarezinho (130%) e Toledo (104%).

Para o médico infectologista Moacir Pires Ramos, em algumas regiões do Paraná, as medidas de prevenção ao vírus demoraram a acontecer e o reflexo disso é sentido agora, com aumento de casos e de mortes.

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A Regional de Guarapuava registrou aumento de 97% no número de casos e 133% no número de mortes, neste período. Mas, mesmo assim, nesta semana, a prefeitura de Guarapuava, principal cidade desta região do estado, decretou o fim do estágio de alerta epidemiológico, vigente desde o dia 17 de junho. A medida, segundo a administração municipal, foi adotada pois, mesmo com o maior número de casos confirmados, apenas 15% continuavam ativos, ou seja, com os pacientes em tratamento.

Moacir Pires Ramos afirma que o momento não é de flexibilizar, mas sim, de tentar aumentar o número de testagens. Segundo o médico infectologista, a situação não foi controlada em nenhuma região, pois, quanto mais se flexibiliza as medidas de prevenção, maior é a chance de um novo surto da doença.

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Por fim, Moacir Pires Ramos ressaltou que, mesmo que o mês de julho tenha sido o mais alarmante da pandemia no Paraná, não é possível dizer que foi o pico da doença no estado.

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De todas as regionais de Saúde, a de Cianorte foi a que apresentou o menor aumento no número de casos, com 50% de acréscimo, passando de 1.070 em 06 de julho para 1.607 em 06 de agosto. Em relação ao número de mortes pela doença, o menor aumento foi registrado na Regional de Londrina, que passou de 123 para 182 mortes nos últimos trinta dias, com aumento de 47%.

Repórter William Bittar

Texto Retirado de CBN Curitiba


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